Pés de bailarinos,
pés de camponeses,
pés de gueixas,
pés de bebês,
pés de pavões,
tantos pés,
tantas possibilidades de direção,
de vitória e de frustração.
Pé que pisoteiam,
que escalam,
que chutam,
que correm,
que tropeçam,
tantos atos,
tantas oportunidades de utilização,
de prazer e de insatisfação.
Pés que pisam firmes,
que mal tocam o solo,
pés de camponeses,
pés de gueixas,
pés de bebês,
pés de pavões,
tantos pés,
tantas possibilidades de direção,
de vitória e de frustração.
Pé que pisoteiam,
que escalam,
que chutam,
que correm,
que tropeçam,
tantos atos,
tantas oportunidades de utilização,
de prazer e de insatisfação.
Pés que pisam firmes,
que mal tocam o solo,
que saltam leves,
que correm rápidos,
que marcham fortes rumo à morte,
que ficam tolamente atolados,
que são muitas vezes acorrentados,
sem nenhuma opção.
Pés que oscilam
entre a coragem e o medo,
entre a determinação e a inércia,
entre uma via ou outra
nas várias encruzilhadas da vida,
tantos modos,
tantas possibilidades de escolha,
de destruição ou de criação.
Pés abençoados,
que sustentam o pesado corpo,
ainda que feridos, cansados,
em jornadas infindas.
Pés por vezes doridos,
grossos e sofridos,
mesmo assim se arrastando,
carregando o peso da vida.
Pés com muitas histórias,
marcados por fraturas
em locais impensáveis
diante das surpresas vividas.
Pés suados, calejados, apertados,
que rejeitam os sapatos - formas cruéis -,
que procuram cumprir os desígnios
apontados pela sociedade formal.
Pés andantes, determinados, respeitados
pelo vigor com que encaram
tropeços, tombos e recomeços
do corpo e da alma na trilha elegida.
Pés ágeis que andam e que param
dando ao caminhante a chance de reavaliar a rota
superando dificuldades, remorsos e saudades
para um novo e melhor porvir.
Pés sensíveis que orientam o pisar,
que correm rápidos,
que marcham fortes rumo à morte,
que ficam tolamente atolados,
que são muitas vezes acorrentados,
sem nenhuma opção.
Pés que oscilam
entre a coragem e o medo,
entre a determinação e a inércia,
entre uma via ou outra
nas várias encruzilhadas da vida,
tantos modos,
tantas possibilidades de escolha,
de destruição ou de criação.
Pés abençoados,
que sustentam o pesado corpo,
ainda que feridos, cansados,
em jornadas infindas.
Pés por vezes doridos,
grossos e sofridos,
mesmo assim se arrastando,
carregando o peso da vida.
Pés com muitas histórias,
marcados por fraturas
em locais impensáveis
diante das surpresas vividas.
Pés suados, calejados, apertados,
que rejeitam os sapatos - formas cruéis -,
que procuram cumprir os desígnios
apontados pela sociedade formal.
Pés andantes, determinados, respeitados
pelo vigor com que encaram
tropeços, tombos e recomeços
do corpo e da alma na trilha elegida.
Pés ágeis que andam e que param
dando ao caminhante a chance de reavaliar a rota
superando dificuldades, remorsos e saudades
para um novo e melhor porvir.
Pés sensíveis que orientam o pisar,
permitindo ao viajante diferentes escolhas,
ao apontar pedregulhos ou pétalas de rosas,
conforme sentem as formações do caminho.
Pés que recuam, chutam o balde,
se desequilibram, se reequilibram,
abrem novas possibilidades,
novos caminhos e novo caminhar.
Pés que se refrescam nas águas da fonte
- pura carícia relaxante !
que irradia grande frescor a todo o corpo
animando o prosseguir na jornada da vida.
Pés frios, pés quentes,
que gostam de serem acariciados
e que acariciam as pernas do amado
ou, quando frios, dão um azar danado.
Pés, objetos de amor e poder,
ao apontar pedregulhos ou pétalas de rosas,
conforme sentem as formações do caminho.
Pés que recuam, chutam o balde,
se desequilibram, se reequilibram,
abrem novas possibilidades,
novos caminhos e novo caminhar.
Pés que se refrescam nas águas da fonte
- pura carícia relaxante !
que irradia grande frescor a todo o corpo
animando o prosseguir na jornada da vida.
Pés frios, pés quentes,
que gostam de serem acariciados
e que acariciam as pernas do amado
ou, quando frios, dão um azar danado.
Pés, objetos de amor e poder,
alucinam fetichistas,
podendo levá-los a um gozo vazio
na solidão do viver.
Pés lavados pelas mãos de Jesus
com amor, num exemplo de servir
– o verdadeiro objetivo do ser,
que eles tanto ajudam a acontecer.
Cocais/2003
Heloisa Trad
podendo levá-los a um gozo vazio
na solidão do viver.
Pés lavados pelas mãos de Jesus
com amor, num exemplo de servir
– o verdadeiro objetivo do ser,
que eles tanto ajudam a acontecer.
Cocais/2003
Heloisa Trad
Um comentário:
nossa eu tava procurando fotos de pe´s pra colokar no meu blog e vim para aqui...
hum...
muito lindo seu blog parabens...
amei msm...
sem noção
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