terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sem razão alguma


Sem razão alguma
surge o botão de rosa
que se volta para o sol
e, lentamente, ela desabrocha
mostrando todo o seu esplendor!
Por algum tempo enfeitará o jardim
e, independente do sol iluminá-la ou não,
irá fenecer, morrer, desaparecer...
dela restando somente a lembrança
na mente de quem a apreciou
de quem soube aspirar seu perfume,
tocar na maciez de suas pétalas
e retratar sua cor.
Sei que não sou diferente da rosa.
Nasci sem razão alguma
e vou também fenecer
sem nem mais nem menos um porquê.
Mas, como a linda flor,
ficarei na memória de quem me amou.
Sei que só tenho o agora
mas posso nesse agora celebrar a vida
e por um breve tempo
ser o que sou!


Cocais, setembro/2011
Heloisa Trad