quarta-feira, 4 de julho de 2007

Verde


Cana mineira de um verde doce
Estação chuvosa nas bandas de Goiás
Pastos que renascem após a queima da manga dos campos
e as primeiras chuvas, que tanto me satisfazem.

Verde que te quero verde
Que me remete às altas montanhas
Aos vales profundos dos mistérios instigantes
Cobertos de rastejantes gramíneas.

Aponta a planta que ainda tem seiva,
À madeira que não está seca,
Ao fruto que não madurou,
Aquele que verde de susto ficou.

Verde da minha terra mineira
Das águas profundas do mar azul,
Dos verdes anos que não posso reter
Da esperança que insiste em não morrer.

Verde, símbolo do rebento tenro, fraco,
E também, da preservação da mãe natureza.
Raio de luz verde, chama da verdade e da justiça
Eu te saúdo em nome da vida.

Cocais, julho/2007
Heloisa Trad

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