Cada minuto, uma eternidade.
Cada fio, uma teia.
Cada grão, uma duna.
Cada gota, um oceano.
Assim a existência:
O Macro no micro,
o micro no Macro.
O Todo em tudo,
tudo no Todo.
Cada ser, o Ser,
N’Ele presente.
Cocais, julho/2007
Heloisa Trad
Somente o poeta fala do indizível. Só o poeta com suas palavras prenhes, num silêncio visado pelas imagens poéticas, é projetado a partir da própria poesia. E isso implica em que ele constitui, nas suas ramificações internas, o silêncio como um outro em direção ao qual está o caminho, está esse 'outro', o projeto - que é o sentido - de uma linguagem articulada que não pode absorvê-lo sem se aniquilar. O silêncio fala! Só o poeta fala desse silêncio que diz o não-dito...
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