quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Na Estrada


Na estrada, eu estou,
em silêncio, vento no rosto
a caminho do amar.
Caminhões rodando
vão levando progresso
de lá para cá.

Asfalto quente,
perigo constante.
Sonolenta insisto,
a espreitar à janela,
em ver um verde qualquer.
Um sinal de esperança!

Sol quente me pega,
desconforto se instala,
ansiedade me toma,
canto, resmungo, praguejo,
quero logo chegar
ao meu porto, ao meu lar.

Na estrada, solitária eu ando,
na estrada, amorosa me sinto,
o tempo passar ... passar...
a tristeza aumentar... a tristeza amainar...
longe de ti eu fiquei... para ti eu vou voltar...
Rodando eu vim... rodando eu vou...

Na estrada eu estou.

Cocais, outubro/2007
Heloisa Trad

Nenhum comentário: