Vivo
no interior, junto às montanhas,
num
local onde a natureza impera
com
toda sua grandeza e simplicidade.
Vivo
com sérias limitações físicas
que
me impedem de alçar altos e/ou longos voos.
Então
tenho aprendido a olhar a água,
a
terra e o céu sob um clima geralmente frio,
muitas
vezes nublado e, e no momento,
com três meses de intermitentes chuvas.
Estou
aprendendo a ver a beleza numa pedra,
num
tronco de árvore,
numa
rosa viçosa ou já fenecendo,
e
ainda nos seus espinho defensores.
Estou
aprendendo a beleza
de
um pingo d’água na folha do inhame,
do
reflexo do céu na poça d’água da rua
e
não somente a dos belos mares
ou
das cachoeiras paradisíacas.
Estou
aprendendo a me encantar
com
o musgo que brota nos muros
e
com sombras projetas no chão.
Estou,
sobretudo, aprendendo a olhar e ver
com
os meus próprios olhos...
Minha
visão já não tem um foco perfeito
como
posso então retratar qualquer coisa
da
forma pré-estabelecida pelos que ditam
as
normas da “boa” fotografia?
Eu
amo registrar o que capto,
mas,
indo além da máquina,
só
posso fazê-lo com o que eu sou
e
então, minha norma primeira
é
a que está dentro do meu coração!
Cocais, janeiro/2012
Heloisa Trad
2 comentários:
A fotografia que leva a alma de quem está por trás é norma mais certa amiga.Assim como voce em meio a esta sintonia com a natureza capta com alma o que tem vida e pulsa bem.
Bela definição amiga.
Obrigada pelo compartilhar meu amigo!
Um abraço
Heloisa
Postar um comentário