As terras da Terra
com seus lagos, rios, mares,
montanhas, picos, campinas,
tem uma riqueza exuberante
onde os pés humanos não contaminou,
onde a ambição humana não delapidou
onde a destrutividade do homem suas mão não tocou.
Planeta azul com seus recantos mágicos
que afaga minhas faces com seu vento, sua brisa...
que refresca minha fronte com a chuva cálida, tormentosa...
que queima todo meu corpo no sol escaldante,
me deslumbrando no seu nascente... no seu poente...
Terra colorida em diferentes matizes,
tenho vontade de a ti me integrar,
rolar sobre seu corpo, sentir sua energia,
colocar os pés, as mãos, todo o meu corpo
em seu regaço e ser afagado,
como um filho o é por sua mãe.
Nuvens, mares e ondas
horizonte que se descortina,
como se todo um futuro se oferecesse.
Transformações rápidas,
ilusões e desilusões vão se sucedendo...
A mata fechada remete ao oculto
ao mergulho no eu em busca da luz.
O belo lago plácido remete a paz,
a um instante de reflexão, de oração.
O deserto com suas dunas
que somem e ressurgem nos levam
do frio ao calor no corpo e na alma.
Vales, planícies e montes,
não canso de descortinar através
desses incidentes, o horizonte.
E me perco nessa infinita beleza
em puro êxtase...
Vejo as plantas, as pedras... tanta água...
Terra! Meus pés querem a tua maciez,
enquanto o incansável céu eu contemplo
querendo descansar... descansar...
deixando meu corpo ao seu pó retornar.
Cocais, março/2010
Heloisa Trad
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