
ligeira se enrosca,
oculta, na espreita
um bote, de repente,
me pica e eu caio...
tudo muda...
a dor é enorme,
da ferida na perna,
da traição eterna,
que me mata...
morro e, finalmente,
vivo... sabiamente!
Cocais, fevereiro/2009
Heloisa Trad
Somente o poeta fala do indizível. Só o poeta com suas palavras prenhes, num silêncio visado pelas imagens poéticas, é projetado a partir da própria poesia. E isso implica em que ele constitui, nas suas ramificações internas, o silêncio como um outro em direção ao qual está o caminho, está esse 'outro', o projeto - que é o sentido - de uma linguagem articulada que não pode absorvê-lo sem se aniquilar. O silêncio fala! Só o poeta fala desse silêncio que diz o não-dito...
Um comentário:
viver e não ter a vergonha de ser feliz... cantar e cantar e cantar, na beleza de ser um eterno aprendiz! escrever, escrever, escrever, na beleza de ser um eterno aprendiz de poesia! :]
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