segunda-feira, 13 de outubro de 2008

AMOR, O QUE É?

O que é o amor?
Quem é o amado?
Quem é o amante?

Amor, muitas vezes,
palavra carregada e corrompida
cheia de emoção exacerbada
pensamento deturpado
sentimento de puro encantamento,
sexo, procriação, vida!

Mas o amor não é nada disso.
Temos idéias a respeito do amor,
idéias sobre o que ele deve ou não deve ser,
um padrão, um código, uma virtude criada
pela cultura em que se vive.

O amor é pessoal ou impessoal?
Moral ou imoral? Familial ou não?
É para um só amado e não para muitos?
Se digo "amo", priorizo um e excluo outro?
Amar a humanidade, permite amar o indivíduo?
E amar amado inclui toda a humanidade?

Poderá a mente encontrar o amor
sem precisar de educação, de instrução,
de idealização, de coerção, de devoção,
com consciência na necessidade de atenção
- o motor para o encontro amado-amante -
de realização de ambos ou não, pela atenção.

Amor pode assim ser só atenção,
uma predisposição de alguém – o amante,
pelo o bem de si através de outrem.
O bem do outro através de um se empenhar,
de forma terna ou ardente,
com atração física ou não.

Esperar idilicamente do amado uma atenção,
que ele não tem por sua necessidade outra ser,
é se iludir, buscar o sofrer por não compreender,
que o que determina a união amado-amante,
- um elo, o amor, que pode durar muito ou não -
é apenas o desejo dissimulado
de apenas se satisfazer!

Cocais, outubro/2008
Heloisa Trad

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