Filhos
não olhem só o que faltou
ou o que sobrou
e sim o que ficou
dessa mulher que antes de ser mãe
é um ser que tenta se fazer
no seu processo de vir a ser.
Mães
não idealizem esses novos meninos
que acabam de quebrar sua casca de ovo
e, trôpegos, estão saindo pelo terreno
para conhecer suas próprias pernas,
e livres, explorar espaços ainda não vistos
sem cerceamentos, nessa grande aventura.
Mães... filhos...
não se julguem,
não se culpem,
não acusem um ao outro por suas desilusões
apenas vivam o que der para viver
um dia de cada vez, dando o melhor de si,
para si mesmo e para o outro, com alegria.
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
Somente o poeta fala do indizível. Só o poeta com suas palavras prenhes, num silêncio visado pelas imagens poéticas, é projetado a partir da própria poesia. E isso implica em que ele constitui, nas suas ramificações internas, o silêncio como um outro em direção ao qual está o caminho, está esse 'outro', o projeto - que é o sentido - de uma linguagem articulada que não pode absorvê-lo sem se aniquilar. O silêncio fala! Só o poeta fala desse silêncio que diz o não-dito...
domingo, 11 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Bela Margarida
Um paralelo de ti eu faço
entre a lua e o sol,
entre a clara e a gema,
do verde da esperança,
na riqueza da mãe terra.
Tu me encantas
quando conto
em tuas pétalas
os caminhos da busca
que te levam
ao interior do teu eu.
Alegrias em lágrimas choradas,
tristezas em sorrisos escondidos,
num caule altaneiro,
que te sustenta nas várias intempéries,
às vezes arqueando, sem contudo cair.
Bela margarida prossiga
na resistente procura
do sentido da vida!
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
entre a lua e o sol,
entre a clara e a gema,
do verde da esperança,
na riqueza da mãe terra.
Tu me encantas
quando conto
em tuas pétalas
os caminhos da busca
que te levam
ao interior do teu eu.
Alegrias em lágrimas choradas,
tristezas em sorrisos escondidos,
num caule altaneiro,
que te sustenta nas várias intempéries,
às vezes arqueando, sem contudo cair.
Bela margarida prossiga
na resistente procura
do sentido da vida!
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
terça-feira, 6 de maio de 2008
Perguntas e Respostas
Quando penso
que estou encontrando
respostas as minhas perguntas
sabendo quem eu sou
vem a vida e
apaga tudo
que pensei saber
me desconheço
sem rumo fico
em silêncio quedo
as perguntas somem
e, de novo, volto
ao ponto de partida
que estou encontrando
respostas as minhas perguntas
sabendo quem eu sou
vem a vida e
apaga tudo
que pensei saber
me desconheço
sem rumo fico
em silêncio quedo
as perguntas somem
e, de novo, volto
ao ponto de partida
quem sou?
de onde vim?
para onde vou?
perguntas que
evidenciam o
para que dessa busca
se jamais nesse corpo
eu vou realmente saber?
Cocais. maio/2008
Heloisa Trad
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um pé depois do outro
pé ante pé eu vou
aqui acolá estou
em pensamentos
que passam
como uma gaivota no céu
buscando alimentos etéreos ao léu
um pé a frente outro pé atrás
com você estou
adolescente aborrecente não és
talvez aborrecido?
- não fique!
tudo passa e a pé ou não
prosseguimos na nossa jornada eterna
em busca do Ser.
Homenagem ao Will, visitante do Poetificando, de cujos escritos muito gostei.
“a vida não basta ser vivida tem que ser sonhada” disse Quintana.
“a vida não basta ser sonhada tem que ser vivida, o viver é a vida” disse Heloisa.
VIVA ... Will !
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
aqui acolá estou
em pensamentos
que passam
como uma gaivota no céu
buscando alimentos etéreos ao léu
um pé a frente outro pé atrás
com você estou
adolescente aborrecente não és
talvez aborrecido?
- não fique!
tudo passa e a pé ou não
prosseguimos na nossa jornada eterna
em busca do Ser.
Homenagem ao Will, visitante do Poetificando, de cujos escritos muito gostei.
“a vida não basta ser vivida tem que ser sonhada” disse Quintana.
“a vida não basta ser sonhada tem que ser vivida, o viver é a vida” disse Heloisa.
VIVA ... Will !
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
sábado, 3 de maio de 2008
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Sonhos abortados
Nasci, cresci
e de uma grande gaveta me apossei
nela mil sonhos coloquei.
Sonhos de menina...
Sonhos de mocinha...
Sonhos da maturidade...
E, assim na melhor idade cheguei!
Nesse caminhar... pesadelos eu tive,
acordando assustada
cai... levantei... recomecei...
sonhos sonhados em dias passados,
um a um foram abortados
e a desesperança em mim se instalou.
A gaveta... pouco a pouco se esvaziou!
Sonhos... expectativas criadas,
não realizadas,
meu coração despedaçou!
Agora durmo, não sonho.
Agora acordo sem medo.
Sem sonhos em vivo
na delusão desejada,
autoconsciente, eu sou!
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
e de uma grande gaveta me apossei
nela mil sonhos coloquei.
Sonhos de menina...
Sonhos de mocinha...
Sonhos da maturidade...
E, assim na melhor idade cheguei!
Nesse caminhar... pesadelos eu tive,
acordando assustada
cai... levantei... recomecei...
sonhos sonhados em dias passados,
um a um foram abortados
e a desesperança em mim se instalou.
A gaveta... pouco a pouco se esvaziou!
Sonhos... expectativas criadas,
não realizadas,
meu coração despedaçou!
Agora durmo, não sonho.
Agora acordo sem medo.
Sem sonhos em vivo
na delusão desejada,
autoconsciente, eu sou!
Cocais, maio/2008
Heloisa Trad
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