Os anos não
andam, voam.
E apesar do peso
da idade,
Do cansaço da
jornada,
Das tristezas
vividas,
Ainda sabemos
poetificar.
Nosso ritmo é que
mudou.
Somos agora mais
lentos,
mais desiludidos,
menos desejosos,
mais desiludidos,
menos desejosos,
cheios de
pseudo-sabedoria.
O corpo não
acompanha a mente,
A mente esquece
as rimas,
O pensamento não
se adapta
Aos novos
paradigmas.
E dizem-nos ser
essa a Melhor Idade!
Não luto contra a
correnteza.
Mas continuo a
escrever versos,
Forma de usar as
palavras
Que, pelos
mais jovens,
Já não são
ouvidas.
Cocais, maio/2012
Heloisa Trad